6 de maio de 2013

O Perfeito Nazi
MARTIN DAVIDSON
 Trabalho para História, Guilherme Manuel
 A) Situar o conjunto das ideias do autor (ideologia/pensamento) no contexto histórico real em que os factos narrados decorrem: se o autor toma partido por algum grupo social, se se posiciona contra o grupo dominante, se alinha pelas ideias dominantes da época, se as critica ou contraria…

Tendo em conta as ideologias retiradas deste livro, penso que o narrador permanece imune e neutro em relação a todos os movimentos que abrangeram as guerras mundiais. Para reforçar essa ideia de neutralismo por parte do narrador, quanto à sua presença pode ser classificado como heterodiegético e só quando, pontualmente, recorda episódios vividos com o avó, adquire o estatuto de homodiegético ou participante secundário na ação. É, entretanto, um narrador observador, quanto à posição ou ciência, pois conhece interpreta as palavras, os silêncios, as atitudes e os gestos da personagem principal para as conhecer mais profundamente. Assim, transforma-se num narrador que tenta oferecer aos seus leitores as ideologias seu avô através de um “um reconto” do que se passou durante toda a vida de Bruno. Claro que se nesta pergunta não houvesse meio-termo, na minha opinião penso que o autor se alinhava por teorias anti-semíticas, devido à curiosidade expressa em algumas ocasiões, como quando procurava informações sobre a intrigante vida de Bruno Langbehn. O autor tinha noção das atrocidades cometidas pelo seu avô. Apesar disto refere que foram homens, tal e qual como Bruno, que conseguiram impulsionar o movimento nazi até ao limite, “formaram a espinha dorsal do aparelho de terror que garantiu a submissão do novo terceiro Reich, (…) ”. Uma função do autor, nesta história é protagonizar a vida de um verdadeiro nazi, apesar de não ter um papel muito importante no nazismo em si mesmo, para percebermos como era o interior do movimento que abalou a nível mundial. A outra função que considero importante destacar é o facto do narrador retratar minuciosamente todas as personalidades que tiveram grande importância dento do nazismo. Por último, creio que o escritor desta obra dá grande importância aos adjectivos que escolhe para caraterizar todos os movimentos decorrentes naquela época, como todas as personalidades que conhecemos nesta obra. O mais fascinante é que estes adjectivos que ajudam de certa maneira da dar um estilo próprio na linguagem do autor, adequam-se ao modo de pensar do seu avô.

 B) Analisar como o autor constrói as personagens da narrativa que escreve: como personagens-modelo que representam as classes existentes na época histórica real, como personagens ficcionadas, irreais…

Na globalidade, o narrador tenta tornar ao máximo este livro o mais real possível para que possa transmitir uma imagem correta aos leitores sobre o espaço histórico decorrente por volta do século vinte. Muitas das identidades históricas que hoje em dia conhecemos, principalmente aquelas que tem que tenham a ver com o nazismo, são referidos neste livro, importantes e menos importantes para o desenlace destes períodos, tais como Adolf Hitler, Ernts Röhm entre outros personagens. Não só foram os casos da maior parte das personagens serem verdadeiras mas também reconhecemos como verdadeiras todas as organizações, associações, projectos elaborados para gerar estes conflitos que ainda condicionam os dias de hoje. A única personagem que porventura poderia ter sido fictícia nesta história era Bruno Langbehn. Após alguns minutos de pesquisa, percebi que o personagem principal da história era realmente inventado e todos os cargos que exerceu, todas as manifestações em que participou e toda a sua família faziam parte duma história fictícia. Provavelmente, ganha maior força a ideia de que há algumas personagens no decorrer da história que são fictícias, tais como Bruno. É, portanto, uma história em que praticamente todas as personagens que exprimem acção são correspondentes aos modelos sociais da época. Traduzindo por outras palavras, o narrador tenta construir uma intriga verosímil, com a intenção de transmitir aos leitores o ambiente, os sentimentos e a sua verdade do tempo que se viveu durante a boa parte da primeira metade do século XX. Este livro tem subjacente uma crítica ácida à burguesia, aos operários, à extrema esquerda e sobretudo à política do Weimar: “a nova república de Weimar era abominada pela extrema esquerda e direita”. Explora-se a vivência de um membro fiel ao nazismo, para que, tal como referi no tópico A), nos dê a conhecer mais acerca das mentalidades provenientes do século XX. Por isso mesmo é que em várias ocasiões é referido pelo autor que a informação adquirida provém de fontes tais como as SS, SA, dados da filiação de Bruno ao partido nazi, da União Soviética, e por vezes de fontes anónimas.

 C. Distinguir bem a narrativa construída ficcional da narrativa histórica real (ficção e história): o que é história inventada e história real.

Dentro do contexto nazi, depreendo que todos ligados à vida de Bruno, sobretudo à sua vida privada, são impossivelmente reais, pois esta é uma personagem criada pelo escritor. Também, a maior parte dos companheiros, amigos e rivais são na maioria fictícios, visto que eles existem unicamente para tornar a situação de Bruno mais real, melhor dizendo, para intensificar o processo de hegemonia nazi. Claro que tudo isto teve um propósito por parte do narrador. Compreende-se que este texto passava de ser um romance literário para um documentário se não houvesse a ligação a Bruno, ou seja, a única coisa que o autor iria explorar era o progresso na história nazi. Bruno, surge neste contexto como um nazi verdadeiro, tal como refere o título do texto. Por conseguinte, o personagem principal acompanha toda a história nazi, desde o início da fundação do partido nacionalista de extrema-direita, das dificuldades que Hitler teve de enfrentar para alcançar o poder até monopolizar a Alemanha através das suas políticas. Além das personagens, também são definitivamente importantes as organizações. É muito interessante o facto de Bruno, avô do narrador da história, ter frequentado as organizações que tiveram destaque durante o período revolucionário alemão. Neste caso, todas as associações e organizações são totalmente verdadeiras, o que, mais uma vez, demonstra que este livro pretende explicitar da melhor maneira, sobretudo quais foram as provocações para que se desse início à Segunda Guerra Mundial.

D) Comentário pessoal: elaborar um comentário pessoal fundamentado, sobre a impressão final com que ficaste da obra.

Na minha opinião, penso que as temáticas referidas em contexto de sala de aula estão muito próximas das ideologias que constatei neste livro. É certo que após a leitura deste livro tenho ideias mais claras e de certa forma mais consolidadas acerca do nazismo e de todo os factores que contribuíram para a criação deste movimento político e ideológico. Por tudo que consegui anotar e assimilar durante as aulas de história, este livro teve importância porque complementou muita da informação que não foi referida. Ao longo de mais de 400 páginas o autor traça com pormenor e detalhe a invasão da União Soviética, todos os movimentos ocorridos antes da guerra, durante e no final. Certamente que ao ler o livro interiorizei mais profundamente o que significa uma ideologia como o nazismo e as suas repercussões na sociedade e na vida das pessoas. Por exemplo, todas as organizações dependentes do partido tinham uma influência profunda na sociedade. Em muitas circunstâncias, para conseguirem atingir os seus objectivos usavam métodos extremamente violentos para os alcançarem. No fundo o que importava era atingir o fim proposto pelos seus líderes e os meios eram secundários. Neste livro, creio que o autor se deixava levar pelas ideologias hitlerianas, tal como o seu avô. Bruno é sempre descrito como um homem brilhante na perspectiva do narrador, com as ideologias corretas e em todas as suas acções não se vislumbrava qualquer maldade. Assistimos neste livro a um narrador que não se assume directamente uma ideologia ou uma forma de pensar, mas fá-lo através da simpatia que manifesta pela personagem do avô. Conhecemos assim de forma indirecta as ideologia que processa. Ao longo desta obra é difícil de arranjar pontos com os quais estou de acordo. E neste momento nem estou a tomar em consideração as consequências que trouxe à europa e ao mundo. A ideologia nazi na minha perspectiva é absurda e não pode ser tolerada. O nazismo não respeita, por exemplo, a diversidade e o direito de todas as raças. Ora isso é um princípio pelo que todos devemos lutar. Defendo que uma ideologia que não é tolerante, não interessa a nenhuma sociedade. A violência foi também uma das marcas desta ideologia. Para terminar, quando comecei a ler este livro não estava muito motivado. No entanto, agora compreendo melhor e estou mais consciente da influência a que podem conduzir regimes totalitaristas de que é um bom exemplo o nazismo.

9 de maio de 2011

A Jogada de Nadal

Esta é uma das jogadas mais extraordinárias que já vi...


14 de abril de 2011

A Lenda dos Guardiões

Autor: Katryn Lasky
Título da obra: A Lenda dos Guardiões
Editora: Editorial Presença
Género da obra: Acção, aventura.

A minha opinião
Na minha opinião este livro foi muito bem escrito e pensado porque revela uma forma de vida interessante pela que podemos optar, ou seja, ser humilde e honesto ou desonesto. Também refere a vida de várias corujas, como elas reagem e os comportamentos delas. Eu gostei muito de ler este livro.

Breve apresentação da obra
Soren é uma jovem Coruja-das-Torres macho que vivia na Floresta de Tyto, que é um reino pacífico onde está a dar os seus primeiros passos.
Certo dia aconteceu uma queda inesperada realizada pelo seu irmão mais velho Kludd.
Após essa queda Soren é capturada e é levada para a Academia de St. Aegolius um lugar para 
corujas órfãs, sem saber que ia começar o início de uma aventura com várias peripécias, que mudará 
a sua vida para sempre...
Logo na primeira noite conhece uma coruja-anã chamada Gylfie que ficam amigos e tentam sair de lá 
o mais rápido possível.
Todavia descobriram que aquele locar era pior do que apenas um orfanato.
Mas para poderem fugir, Soren e Gylfie tinham que fazer uma coisa que
antes nunca tinham feito... voar.
Elas conseguiram aprender e fugiram o mais depressa possível de lá.
Entretanto, fazem mais dois amigos que o principal objectivo deles é acabar com a Academia de St. 
Aegolius, restaurar a paz entre todos os reinos e encontrar os seus pais.


Personagens

Soren, Gylfie, Kludd, Crepúsculo e Digger.

Citação
“Uma coruja por todas e todas as corujas por uma!”

21 de março de 2011

23 de fevereiro de 2011

Leitura

14 de dezembro de 2010

O Senhor Valéry


"O Senhor Valéry", de Gonçalo M. Tavares
Reflexão

Conheci o escritor Gonçalo M. Tavares no dia 12 de Dezembro de 2010.
O livro “O Senhor Valéry” refere uma nova forma de vida pela que podemos optar. Um exemplo é o título “dois lados”, onde o Senhor Varéry é muito perfeccionista, ou seja, quer tudo muito direito e cada coisa tem uma única função, é unívoca. Um dos capítulos que gostei imenso foi “a Competição”, porque está muito bem pensado na forma como escreveu e eu também concordo que isso seja verdade, mas unicamente nas situações onde perco!

Alguns dos capítulos que mais gostei

O animal doméstico

O senhor Valéry tinha um animal doméstico, mas ninguém antes o tinha visto.
Ele deixava-o fechado numa caixa e nunca o soltava. Ele tinha dois buracos. O buraco da parte de cima servia para lhe dar comida e o buraco da parte de baixo servia para lhe limpar as porcarias, porque ele dizia que era melhor evitar os afectos com os animas, porque morriam muito e depois “parte-nos o coração”.
E, logo de seguida, desenhou a caixa com os 2 buracos.

Os dois lados

O senhor Valéry era muito perfeccionista.
Ele só tocava nas coisas que estava à sua esquerda com a mão esquerda e as coisas que estavam à sua direita com a mao direita.
Ele sempre dizia que o mundo tinha 2 lados: o lado esquerdo e o direito. Se alguém toca o lado direito do mundo com o lado esquerdo do corpo surge o erro.
E todo contente desenhou...

A casa de férias

Varéry tinha uma casa sem volume onde passava as suas férias.
A porta e uma fachada eram as únicas coisas que existiam.
Nos dois sentidos se podia entrar e sair.
Ele achava que melhor que aquilo só podia ser uma casa com 4 portas em quadrado e sem paredes.
O centro era o único sítio onde se podia estar sentado.
E o senhor Valéry desenhou. Chamou-lhe a casa das quatro portas juntas.
Ele só queria 4 portas porque ele não se queria perder em compartimentos, ou seja, queria umas férias descansadas.

A competição

O senhor Valéry não gostava de competir.
Sobre qualquer competição ele dizia que do primeiro ao último lugar todas as classificações eram más.
Ele achava que só podia haver justiça numa competição se todos partissem de condições iguais. E se fossem todos iguais como poderia acontecer de alguém ficar à frente do outro?

21 de outubro de 2010

Mobilidade na educação

"A miniaturização das tecnologias, e autêntica revolução ao nível da conectividade, permite-nos ter num equipamento de reduzidas dimensões (PDA, Telemóveis 3G, iPod ...) um conjunto de funcionalidade dos computadores (nomeadamente leitura de ficheiros comuns, execução de programas e acesso à Internet), de dispositivos de captura de imagens e vídeo, comunicações (telemóvel e Internet) e ainda sistemas de localização por sistemas de geoposicionamento global (GPS)..." [Continua]

Já ouviste falar em Geocaching? Experimenta!

Next Vista For Learning: vídeos de e para a educação

Gostei de alguns vídeos deste site. O Next Vista For Learning é tipo uma biblioteca de vídeos educativos. Entrem por aqui.