14 de dezembro de 2010

O Senhor Valéry


"O Senhor Valéry", de Gonçalo M. Tavares
Reflexão

Conheci o escritor Gonçalo M. Tavares no dia 12 de Dezembro de 2010.
O livro “O Senhor Valéry” refere uma nova forma de vida pela que podemos optar. Um exemplo é o título “dois lados”, onde o Senhor Varéry é muito perfeccionista, ou seja, quer tudo muito direito e cada coisa tem uma única função, é unívoca. Um dos capítulos que gostei imenso foi “a Competição”, porque está muito bem pensado na forma como escreveu e eu também concordo que isso seja verdade, mas unicamente nas situações onde perco!

Alguns dos capítulos que mais gostei

O animal doméstico

O senhor Valéry tinha um animal doméstico, mas ninguém antes o tinha visto.
Ele deixava-o fechado numa caixa e nunca o soltava. Ele tinha dois buracos. O buraco da parte de cima servia para lhe dar comida e o buraco da parte de baixo servia para lhe limpar as porcarias, porque ele dizia que era melhor evitar os afectos com os animas, porque morriam muito e depois “parte-nos o coração”.
E, logo de seguida, desenhou a caixa com os 2 buracos.

Os dois lados

O senhor Valéry era muito perfeccionista.
Ele só tocava nas coisas que estava à sua esquerda com a mão esquerda e as coisas que estavam à sua direita com a mao direita.
Ele sempre dizia que o mundo tinha 2 lados: o lado esquerdo e o direito. Se alguém toca o lado direito do mundo com o lado esquerdo do corpo surge o erro.
E todo contente desenhou...

A casa de férias

Varéry tinha uma casa sem volume onde passava as suas férias.
A porta e uma fachada eram as únicas coisas que existiam.
Nos dois sentidos se podia entrar e sair.
Ele achava que melhor que aquilo só podia ser uma casa com 4 portas em quadrado e sem paredes.
O centro era o único sítio onde se podia estar sentado.
E o senhor Valéry desenhou. Chamou-lhe a casa das quatro portas juntas.
Ele só queria 4 portas porque ele não se queria perder em compartimentos, ou seja, queria umas férias descansadas.

A competição

O senhor Valéry não gostava de competir.
Sobre qualquer competição ele dizia que do primeiro ao último lugar todas as classificações eram más.
Ele achava que só podia haver justiça numa competição se todos partissem de condições iguais. E se fossem todos iguais como poderia acontecer de alguém ficar à frente do outro?

Sem comentários: